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Por Que o Estado Deve Tomar as Casas Penhoradas dos Bancos? Uma Proposta Radical que Promete Mudar Portugal
A Crise Habitacional Como Espelho de um País Desigual
Portugal enfrenta uma crise habitacional que parece não ter fim. Milhares de famílias lutam para pagar aluguel ou adquirir uma casa, enquanto os preços no mercado imobiliário continuam a subir vertiginosamente. É nesse cenário desafiador que surgem propostas ousadas, como a defendida por Duarte Costa, copresidente do partido Volt. Ele sugere que o Estado assuma o controle das casas penhoradas pelos bancos e as reintegre ao mercado de habitação acessível. Será essa a solução para um problema que afeta milhões de portugueses?
24 Mil Casas Ociosas: Um ‘Tesouro’ Perdido na Crise
Atualmente, existem cerca de 24 mil casas nas mãos dos bancos, resultado de penhoras decorrentes de dívidas impagáveis. Essas propriedades permanecem vazias, acumulando poeira e perdendo valor com o tempo. Para Duarte Costa, isso é mais do que um desperdício financeiro – é uma oportunidade perdida de resolver parte do déficit habitacional.
> “Os bancos estão sentados em cima de um ativo que poderia ser transformado em soluções reais para as pessoas”, afirmou ele à agência Lusa.
Mas como isso funcionaria na prática? E quais seriam os benefícios para a sociedade?
O Plano do Volt: Negociação Socialmente Responsável
Duarte Costa propõe uma transferência estratégica dessas casas para o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU). A ideia central é que o Estado negocie diretamente com os bancos, garantindo que essas propriedades sejam colocadas no mercado de habitação acessível.
Como Funcionaria a Transição?
1. Negociação Justa: O Estado pagaria um valor justo pelas casas, considerando seu estado atual e potencial.
2. Reabilitação: As propriedades passariam por reformas necessárias para garantir condições dignas de moradia.
3. Distribuição: As casas seriam disponibilizadas para aluguel social ou venda a preços acessíveis.
Essa abordagem visa reduzir o impacto econômico sobre os bancos, ao mesmo tempo que resolve o problema habitacional.
Por Que Preços Máximos às Rendas Não São a Solução?
Embora algumas vozes políticas defendam a fixação de tetos para rendas, Duarte Costa argumenta que essa medida é ineficaz. Ele cita o exemplo da Holanda, onde tentativas semelhantes resultaram em escassez ainda maior de oferta e aumento do preço médio no mercado paralelo.
“Quando você limita artificialmente os preços, corre o risco de desincentivar investimentos no setor imobiliário”, explica. Em vez disso, ele defende uma intervenção direta que aumente a oferta de moradias acessíveis.
Turismo vs. Futuro: Repensando a Economia Portuguesa
Outro ponto crucial levantado por Duarte Costa é a dependência excessiva de Portugal no turismo. Embora esse setor seja vital, sua fragilidade ficou evidente durante a pandemia de COVID-19. Para ele, o país precisa diversificar sua economia, focando em áreas como:
– Economia Verde: Energias renováveis e sustentabilidade.
– Economia Digital: Startups tecnológicas e inovação.
– Saúde: Investimento em infraestrutura médica e bem-estar.
Essa transformação não apenas fortaleceria a economia, mas também mudaria o perfil da imigração para Portugal.
Mudança no Perfil da Imigração: Qualificação em Foco
Com uma economia centrada em setores de futuro, Portugal atrairia imigrantes altamente qualificados em vez de mão-de-obra barata para o turismo. Isso significa melhores salários, maior produtividade e integração mais efetiva nas comunidades locais.
Integração: Um Compromisso Nacional
O Volt propõe a criação de um gabinete dedicado à imigração e emigração. Este órgão forneceria suporte técnico, financeiro e humano aos municípios, garantindo que os imigrantes não apenas trabalhem, mas também se sintam parte integral da sociedade.
“A integração é um processo bidirecional”, ressalta Duarte Costa. “Precisamos dar ferramentas para que todos prosperem juntos.”
As Casas Penhoradas no Contexto Global
O debate sobre moradias penhoradas não é exclusivo de Portugal. Em muitos países, governos enfrentam dilemas semelhantes: como equilibrar interesses financeiros com necessidades sociais? Nos Estados Unidos, por exemplo, programas federais já realocaram propriedades penhoradas para habitação pública. No entanto, cada contexto tem suas peculiaridades.
Lições Internacionais
Países como a Alemanha e a Dinamarca implementaram políticas habitacionais baseadas em parcerias público-privadas. Essas iniciativas mostram que colaboração pode gerar resultados positivos quando há vontade política.
Desafios e Resistências à Proposta
Apesar de promissora, a ideia enfrenta resistências significativas. Bancos podem relutar em abrir mão de ativos valiosos, mesmo que sejam economicamente inviáveis no longo prazo. Além disso, há questões legais e burocráticas que precisam ser resolvidas antes que qualquer plano possa ser executado.
É Possível Superar Esses Obstáculos?
Sim, desde que haja diálogo transparente entre todas as partes envolvidas. O governo deve apresentar dados concretos que demonstrem os ganhos mútuos dessa transição.
Impacto Social e Econômico da Proposta
Se implementada, a estratégia do Volt poderia trazer benefícios tangíveis:
– Redução do déficit habitacional.
– Estímulo à economia local através de obras de reabilitação.
– Maior inclusão social para famílias vulneráveis.
– Melhoria da imagem internacional de Portugal como um país comprometido com a justiça social.
O Papel da Tecnologia na Nova Economia
Ao falar sobre economia digital, Duarte Costa enfatiza a importância da tecnologia como motor de crescimento. Desde startups até grandes empresas, o setor tech pode criar empregos de alta qualidade e impulsionar a inovação.
Exemplos Práticos
Empresas como a OutSystems e a Unbabel já mostraram que Portugal tem potencial para se tornar um hub tecnológico global. Com incentivos adequados, esse setor pode expandir ainda mais.
Cultura e Lifestyle: Construindo Identidade Nacional
Além da economia, Duarte Costa destaca a necessidade de preservar e promover a cultura portuguesa. Festivais, museus e eventos culturais não só fortalecem a identidade nacional, mas também atraem visitantes internacionais.
Auto e Mobilidade Sustentável: Um Futuro Verde
O setor automotivo também está em transição. A aposta em veículos elétricos e transporte público sustentável é essencial para reduzir emissões e melhorar a qualidade de vida urbana.
Conclusão: Um Chamado à Ação
A proposta do Volt não é apenas uma solução para a crise habitacional; é um convite para repensarmos o papel do Estado na economia e na sociedade. Ao transformar casas penhoradas em moradias acessíveis, Portugal pode dar um passo rumo a um futuro mais justo e inclusivo. Mas isso exige coragem, visão e compromisso de todos os atores envolvidos. A pergunta que fica é: estamos prontos para agir?
Perguntas Frequentes (FAQs)
1. Quantas casas estão atualmente nas mãos dos bancos em Portugal?
Estima-se que existam cerca de 24 mil casas penhoradas pelos bancos.
2. Por que os bancos mantêm essas propriedades vazias?
Muitas vezes, os bancos esperam vender essas casas por valores mais altos no futuro, embora isso represente prejuízos no curto prazo.
3. O que é o IHRU e qual seria seu papel nessa proposta?
O Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) seria responsável por receber e gerir as casas transferidas pelo Estado, colocando-as no mercado de habitação acessível.
4. Quais são os riscos de fixar preços máximos às rendas?
Fixar preços máximos pode desincentivar investimentos no setor imobiliário, levando à escassez de oferta e aumento do preço no mercado informal.
5. Como a economia verde pode ajudar Portugal?
Investir em energias renováveis e sustentabilidade pode criar novos empregos, reduzir dependência de importações e posicionar o país como líder em inovação ambiental.
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