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Cultura Global Encontra Raízes Locais: A Noite Mágica do Kriol Jazz Festival que Conectou Cabo Verde ao Mundo
Por Dulcina Mendes, 13 de abril de 2025, 8:28
A Noite Encantada que Uniu Culturas Pelo Som
Imagine um lugar onde o jazz se encontra com mornas e coladeiras, onde as batidas africanas dialogam com ritmos latinos, e onde a emoção ultrapassa barreiras linguísticas. Essa foi a terceira e última noite da 14ª edição do Kriol Jazz Festival, um evento que transformou a Pracinha da Escola Grande na Praia, Cabo Verde, em um ponto de convergência para músicos e amantes da música de diferentes partes do mundo.
Mas por que esse festival é tão especial? Como ele consegue unir tradições locais com influências globais sem perder sua essência? Vamos explorar essa noite histórica e descobrir como a música pode ser uma ponte entre culturas.
O Palco: Um Portal para o Mundo
Nancy Vieira – Uma Filha da Terra Retorna Triunfante
Nancy Vieira, uma das maiores vozes de Cabo Verde, abriu a noite com uma apresentação carregada de nostalgia e magia. Para quem conhece a história de Nancy, não há surpresa nisso. Ela cresceu brincando naquela mesma pracinha, estudou na Escola Grande e agora retornava ao local como uma artista global reconhecida. “Não estou falando só da Nancy artista, mas da filha desta cidade”, disse ela, emocionada.
Sua voz, suave como a brisa do mar, ecoou pela multidão enquanto ela cantava músicas do seu mais recente álbum, *Gente*. Este disco, lançado em março de 2024, já viajou pela Europa e recebeu prêmios, mas esta foi sua primeira vez ao vivo em solo cabo-verdiano. E que palco poderia ser melhor do que o Kriol Jazz Festival?
O Novo Álbum – Um Retrato da Alma Cabo-Verdiana
*Gente* é mais do que um álbum; é uma carta de amor às raízes e à humanidade. Durante o show, Nancy misturou canções inéditas com sucessos antigos, mostrando ao público que, apesar de sua evolução artística, ela nunca esqueceu suas origens. “Este lugar é mágico. Cabo Verde, esta ilha, a chuvinha que veio, e as pessoas, foi tudo mágico”, declarou.
Para os fãs que ainda não conhecem o álbum, Nancy lembrou que ele está disponível em todas as plataformas digitais e também em formato físico (CD e vinil). Uma dica valiosa para quem busca uma experiência autêntica da música cabo-verdiana.
Música Sem Fronteiras: As Estrelas Internacionais
Michelle David & The True-Tones – O Groove Americano em Terras Africanas
Quando Michelle David subiu ao palco, a energia mudou completamente. Originária dos Estados Unidos, Michelle trouxe consigo o soul e o gospel, gêneros que têm raízes profundas na cultura afro-americana. Sua banda, The True-Tones, complementou perfeitamente a força vocal de Michelle, criando uma atmosfera que misturava reverência e celebração.
“Como uma artista negra, cantar em Cabo Verde é como voltar para casa”, disse Michelle durante uma entrevista antes do show. E isso ficou evidente em cada nota que ela cantou. O público vibrou com clássicos como *”River*” e músicas inéditas que prometem conquistar corações pelo mundo.
Las Karamba – O Toque Ibérico que Conquistou Todos
Vindas da Espanha, Las Karamba provaram que o flamenco pode conversar com o jazz de maneira harmoniosa. Com seus vestidos coloridos e danças vibrantes, elas transformaram o palco em uma explosão visual e sonora. A fusão entre guitarras espanholas e percussões africanas criou um som único, que deixou o público sem palavras – ou melhor, com muitos aplausos.
“É incrível ver como a música pode transcender fronteiras”, disse uma espectadora. E realmente, Las Karamba mostraram que a arte não tem limites.
Bonga: A Lenda Angolana Que Fechou a Noite com Chave de Ouro
Bonga – O Embaixador da Música Africana
Se havia alguém capaz de encerrar a noite com dignidade, esse alguém era Bonga. O lendário músico angolano, conhecido por hits como *”Mona Ki Ngi Xica*”, trouxe toda a força e sabedoria de décadas de carreira. Seu estilo único, que mistura semba, kizomba e elementos de jazz, fez com que o público cantasse junto em várias ocasiões.
Bonga não apenas cantou; ele contou histórias. Histórias de luta, resistência e esperança. “A música é a nossa arma mais poderosa”, disse ele durante o show. E, olhando para a plateia extasiada, era impossível discordar.
O Festival Além da Música: Um Espaço de Conexão Humana
Por Que o Kriol Jazz Festival É Tão Importante?
Mais do que um evento musical, o Kriol Jazz Festival é uma celebração da cultura cabo-verdiana e sua interseção com o mundo. Ele oferece um espaço onde artistas locais podem compartilhar o palco com nomes internacionais, criando pontes entre diferentes tradições musicais.
Mas o impacto vai além disso. O festival também promove o turismo cultural, atraindo visitantes de todos os cantos do globo. “Cabo Verde é um tesouro escondido, e eventos como este ajudam a mostrar ao mundo o quão rica é nossa cultura”, afirmou um organizador do evento.
A Magia da Pracinha da Escola Grande
Escolher a Pracinha da Escola Grande como cenário não foi por acaso. Este local icônico é um símbolo da identidade da cidade da Praia. Para muitos, como Nancy Vieira, ele representa memórias de infância e juventude. Para outros, é um espaço de encontro e troca. Durante o festival, a pracinha se transformou em um verdadeiro caldeirão cultural, onde risos, lágrimas e aplausos se misturaram.
Reflexões Finais: O Peso da Música na Construção de Identidades
A Música Como Linguagem Universal
Se existe algo que o Kriol Jazz Festival nos ensina, é que a música é uma das poucas linguagens verdadeiramente universais. Ela conecta pessoas de diferentes origens, idades e experiências. Seja através das baladas suaves de Nancy Vieira, do soul poderoso de Michelle David, do flamenco vibrante de Las Karamba ou do semba envolvente de Bonga, a música tem o poder de tocar nossas almas.
Um Legado para o Futuro
Ao final da noite, restou uma certeza: o Kriol Jazz Festival não é apenas um evento anual; é um legado que continua a inspirar novas gerações. Ele prova que, mesmo em um mundo fragmentado, ainda existem momentos em que podemos nos unir e celebrar o que nos torna humanos.
Conclusão: O Som que Nos Une
Naquela noite mágica, o Kriol Jazz Festival demonstrou que a música é muito mais do que notas e letras. Ela é um reflexo de quem somos, das histórias que contamos e das conexões que criamos. Ao reunir artistas de Cabo Verde, Estados Unidos, Espanha e Angola, o festival reafirmou que, independentemente de onde viemos, a música sempre será nossa maior aliada na busca por entendimento e união.
E então, você já parou para pensar: qual é o som que define a sua própria jornada?
Perguntas Frequentes (FAQs)
1. Onde posso encontrar o novo álbum de Nancy Vieira, *Gente*?
O álbum está disponível em todas as plataformas digitais, como Spotify e Apple Music, e também pode ser adquirido em formato físico (CD e vinil) nas principais lojas de música.
2. Quais países foram representados no último dia do Kriol Jazz Festival?
Os países representados foram Cabo Verde (Nancy Vieira), Estados Unidos (Michelle David & The True-Tones), Espanha (Las Karamba) e Angola (Bonga).
3. Qual é a importância do Kriol Jazz Festival para Cabo Verde?
O festival promove a cultura cabo-verdiana, incentiva o turismo e cria oportunidades para artistas locais se conectarem com músicos internacionais.
4. Como posso assistir aos shows do próximo Kriol Jazz Festival?
Fique atento ao site oficial do evento para informações sobre ingressos e transmissões online.
5. Quem foi o artista mais ovacionado na última noite do festival?
Embora todos tenham recebido grandes aplausos, Bonga, com sua energia e carisma, foi especialmente celebrado pelo público.
Para informações adicionais, acesse o site
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